Com entrada em funcionamento no início de 2016, permitirá valorizar 30.000 toneladas da fração orgânica dos resíduos indiferenciados, 10.000 toneladas de resíduos verdes e castanhos, retirar a fração reciclável e valorizar energeticamente o biogás.

Trata-se de um investimento total de aproximadamente 22 milhões de euros, apoiado, na 1.ª fase, pelo POA, com taxa de financiamento de 69% e, na 2.ª fase, pelo POVT, com taxa de financiamento de 85%.

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A unidade é composta pelas seguintes zonas:

  • 1. Zona Administrativa +

    Localizada na entrada da unidade, é composta pela área de escritório e pela área de apoio com refeitório, balneários, armazém e laboratório de análises. No exterior encontra-se o parque de estacionamento.
  • 2. Descarga / Receção de Resíduo +

    A zona de descarga tem capacidade para a receção de 100 mil toneladas de resíduos recolhidos indiferenciadamente. Esta área está equipada com sistema de garra apoiada em ponte rolante, que efetua o manuseamento e descarga dos resíduos na tremonha de alimentação do tratamento mecânico.
  • 3. Tratamento Mecânico +

    Os resíduos, através de um conjunto de tapetes transportadores, são separados em cabines de triagem manuais e com recurso a uma série de equipamemtos: crivos rotativos, abre-sacos, separador balístico, separadores ferrosos e não ferrosos, separadores óticos, refinadores e separador de ar. Os resíduos são separados em duas frações distintas: a fração reciclável, constituída por papel, cartão, filme plástico, PEAD, PET, ECAL, metais ferrosos e não ferrosos, e a fração orgânica, que segue para a zona de mistura e armazenamento, para tratamento biológico com recuperação de biogás e posterior produção de composto.
  • 4. Túneis Anaeróbios +

    A matéria orgânica proveniente da separação do tratamento mecânico, é encaminhada pra os túneis anaeróbios. Existem 8 túneis com capacidade total de tratamento de 30 mil toneladas/ano. Aqui é produzido o biogás, em condições controláveis.
  • 5. Túneis Aeróbios +

    Após o processo aeróbio, a matéria orgânica digerida é encaminhada para um dos 4 túneis anaeróbios. Aqui faz-se uma pré-compostagem da matéria orgânica, permitindo a libertação de CO2 e de vapor de água, para além de promover a higienização do material.
  • 6. Zona Técnica +

    Zona localizada por trás dos túneis. É nesta área que está todo o sistema de instrumentação e controlo do processo de tratamento biológico, que inclui centenas de válvulas, sensores e vários quilómetros de tubagens e cablagem. É aqui que se encontra igualmente o equipamento de tratamento do ar interior das zonas de receção e descarga de resíduos, tratamento mecânico e do tratamento biológico dos resíduos.
  • 7. Biofiltro +

    Após a passagem pelo sistema de tratamento, o ar atravessa o biofiltro para reduzir o odor. O biofiltro consiste numa bacia de betão com placas perfuradas, por baixo das quais circula o ar a tratar. O enchimento do biofiltro é constituído por mistura adequada de casca de pinheiro que permite purificar o ar antes do seu envio para o exterior.
  • 8. Tanques de Fermentação +

    Os dois tanques de fermentação de elevado volume contribuem substancialmente para a produção de biogás. O processo anaeróbio é inoculado principalmente através da fase líquida. Para estes tanques são encaminhados todos os lixiviados e é armazenado o biogás antes de encaminhado para o sistema de valorização energética.
  • 9. Maturação +

    Zona onde é realizada a compostagem final do material digerido nos túneis anaeróbios e aeróbios. Nesta área, o material é disposto em pilhas e revolvido através de equipamento adequado.
  • 10. Afinação de Composto +

    Após maturação, o composto é afinado para eliminação de contaminantes, tais como vidros e pequenas pedras e plásticos. Este processo é efetuado com recurso a diversos equipamentos: alimentador sem-fim, crivo e mesa densimétrica. No final, o composto pode ser embalado em unidade de ensacagem ou armazenado para expedição a granel.
  • 11. Valorização Energética +

    O biogás gerado nos túneis e armazenado nos tanques de fermentação é valorizado, produzindo energia térmica e elétrica, através de co-gerador com potência total de 2MW. A potência térmica é utilizada através de permutador de calor para aquecimento dos túneis de digestão. A energia elétrica produzida é introduzida na rede elétrica nacional.
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